Na noite de sexta, 25/05, as redes sociais ficaram agitadas com o artigo escrito pela médica pediatra Dra. Filumena Gomes, e veiculado no portal online da revista Caras, cujo título era “Crianças que convivem com animais podem desenvolver doenças graves” , foi parar até no Trending Topics do Twitter. A Dra. afirmava, entre outras coisas, que “cerca de 70% dos lares no País têm animais (…). Em geral eles circulam por todos os cômodos e até se alimentam com os humanos. Convivência tão estreita expõe todas as pessoas a doenças, mas em especial crianças menores de 6 meses, cuja imunidade ainda é frágil. Crianças maiores, que já interagem com os animais, se expõem também a acidentes como mordidas.” De onde será que veio esta conclusão?
Em uma simples busca pelo google, encontramos mais de 262.000 resultados que discordam da afirmativa da pediatra. Encontramos depoimentos de médicos, centros de pesquisas, veterinários, profissionais dos ramo e donos. Será que todos estão errados?
Ao vincularmos uma matéria com esse peso em um meio de comunicação importante de circulação nacional, temos que ter uma base de dados muito concreta, pois entra no lar e forma opiniões de milhões de pessoas. E se esses "70% dos lares do pais" resolverem desfazer de seu animais de estimação????
É mais que comprovado que o convívio de crianças e adultos com animais é benéfico. Segundo pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), os benefícios dos pets à saúde das pessoas vão desde a melhora na imunidade de crianças e adultos, redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. Para as crianças menores o convívio com os animais resulta no aumento das proteínas de regulação do sistema imunológico e das alergias. Estas aumentam significativamente em bebês de um ano de idade quando expostos precocemente a um cão.
Para a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, o estudo mostra que a convivência possibilita aos bebês ficarem menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. “Também foi constatado a diminuição de rinites alérgicas aos quatro anos de idade e aos seis a sete anos, devido à redução da imunoglubina, um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma.
“Essa proximidade traz uma série de benefícios a todos os membros da família. Para as crianças e jovens, essa companhia contribui desde a redução de ansiedade até o desenvolvimento da linguagem e das habilidades motoras, inclusive para fins terapêuticos”, justifica o médico veterinário e presidente da Comac, Luiz Luccas.
Não podemos esquecer de ressaltar que é fundamental o acompanhamento do animalzinho pelo veterinário. A orientação veterinária vai manter a saúde e o bem estar do seu bichinho!O pet deve ter um local específico para fazer suas necessidades, para evitar o contato das crianças com as fezes e a urina do animal. A escovação previne a queda de pêlos, além de auxiliar na saúde da pele de cães e gatos. Aspirar tapetes e limpar o chão com pano úmido também ajuda na higienização do piso. Vermífugos destinados ao uso de animais adultos e filhotes, combatem os principais endoparasitas, como vermes, presentes no trato intestinal e produtos específicos devem ser utilizados para prevenir pulgas e carrapatos. a vacinação dos bichinhos deve estar sempre em dia.
No caso do convívio entre animais e bebês, o cão, principalmente adulto, precisa entender a chegada do novo membro da família. A melhor maneira de acostumar um cão com a presença de um bebê em casa é realmente desde filhote. Mas se a família já tiver um cão adulto há truques para que o animal adulto se acostume com fraldas, mamadeiras, choros e novos cheiros. Desde o início da gravidez é importante mostrar ao cão esse mundo novo. Deixar que o pet cheire o carrinho, o berço e os brinquedos do bebê pode ajudar nesse processo de adaptação. Também é aconselhável enrolar uma boneca em um cobertor que o bebê irá usar e carregá-la perto do pet. Dependendo da rotina dos donos do animal de estimação, os pets podem passar o tempo todo perto do bebê, mas é importante nunca deixá-lo sozinho, por mais confiança que se tenha no animal.
Muito mais fácil que simplesmente dizer que CRIANÇAS X ANIMAIS é prejudicial, é se informar sobre o assunto, procurar opiniões com quem realmente entende do assunto. Uma simples palavra pode mudar a vida de muitas pessoas, sem que a gente ao menos imagine!!!
Muito mais fácil que simplesmente dizer que CRIANÇAS X ANIMAIS é prejudicial, é se informar sobre o assunto, procurar opiniões com quem realmente entende do assunto. Uma simples palavra pode mudar a vida de muitas pessoas, sem que a gente ao menos imagine!!!
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